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Registros do Atendimento Educacional Especializado
Prefeitura Municipal de São Paulo
DRE - Guaianases
EMEF DIAS GOMES
Profª Ana Paula Lopes Gomes

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Trabalho Colaborativo Autoral Aprender a Viver e Conviver com: AS DIFERENÇAS


Este trabalho foi realizado através da parceria entre a Professora Karina de Arte do ensino comum com a Professora Ana Paula de SAAI e com o Professor João Carlos de História, atualmente readaptado.

Este TCA (Trabalho Colaborativo Autoral) foi realizado com o 8º ano B - 2015. Esta turma possui 2 alunos com deficiência. Fato que contribuiu muito com o trabalho.


PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

EMEF DIAS GOMES

2015



Trabalho Colaborativo Autoral
Aprender a Viver e Conviver com: AS DIFERENÇAS





Professoras: Karina Sá, Ana Paula Lopes Gomes, João Carlos Lopes Garcia

Turma: 8º ano B

Duração do projeto: ano letivo de 2015



Justificativa

            O ciclo autoral (7º, 8º e 9º ano do Ensino Fundamental) é caracterizado pela construção de conhecimentos a partir de projetos curriculares comprometidos com a intervenção social.

            “Os projetos curriculares visam à participação com autoria e responsabilidade na vida em sociedade de modo que o aluno, ao intervir no âmbito das experiências do grupo familiar e escolar, possa tornar mais justas as condições sociais vigentes” (Plano de navegação do autor)

            A EMEF Dias Gomes possui cerca de 22 alunos com laudos médicos que apontam diagnósticos de diferentes deficiências e transtornos globais do desenvolvimento. Este é um alto número, comparado com outras escolas. Fato que reflete a realidade da região em que fica a Unidade Educacional.

            Segundo os alunos do 8º ano B, ainda há muito preconceito com relação às pessoas com deficiência, realidade que precisa ser alterada.

            Partindo destes pressupostos foi identificada a necessidade de se pesquisar de forma mais esmiuçada para se (re) conhecer e desestigmatizar muitos conceitos construídos ao longo da história que se perpetuam até os dias atuais, de forma a identificar as pessoa com deficiência e TGD primeiramente como PESSOA, sujeito de direito, capaz, independente das limitações que possua.





Objetivos

  • Desafiar os alunos a pensarem em questões relacionadas à inclusão  de pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento em diferentes situações de nossa sociedade;
  • Estimular a participação com postura colaborativa, pró-ativa e autora em todas as etapas do projeto;
  • Articular os saberes escolares para a transformação de uma realidade com a qual não se concorda;
  • Propiciar momentos de reflexão grupal sobre a realidade vivenciada, gerando a busca de soluções para os problemas encontrados;
  • Realizar pesquisas, entrevistas e visitas como fonte de conhecimento sobre a temática proposta;
  • Produzir trabalhos artísticos baseados nos conceitos adquiridos;
  • Desenvolver a leitura e a escrita através da prática.



Metodologia

  • Pesquisas em diferentes meios de comunicação;
  • Entrevistas com pessoas da comunidade;
  • Visita ao NAISPD -  Núcleo de Apoio e Inclusão Social de Pessoas com Deficiência localizado na região da Unidade Escolar;
  • Produção de vídeo;
  • Produção exposição com obras de arte inclusivas;
  • Produção escrita.


Desenvolvimento


  • Apresentação da proposta para a turma através de uma roda de conversa;
  • Organização de grupos para entrevistar pessoas com deficiência ou seus familiares.
  • Elaboração de forma conjunta, entre alunos e professor, do roteiro de perguntas para organizar a entrevista e distribuir a autorização de imagem para que as fotos e gravações realizadas nesta atividade possam fazer parte do trabalho
  • Pesquisar e formular trabalho escrito sobre “a deficiência ao longo da história”
  • Devolutiva das entrevistas e das pesquisas realizadas.
  • Apresentação de cada grupo para a turma sobre as entrevistas realizadas contextualizadas com a pesquisa entregue.
  • Apresentação de vídeos sobre pessoas com deficiência como disparador para discussões.                                                    
  • Roda de conversa e preparo de “show de talentos” para apresentar em visita ao “Núcleo de Apoio e Inclusão Social de Pessoas com Deficiência – NAISPD”
  • Visita ao NAISPD para troca de experiências.
A longa caminhada pelas ruas do bairro observando se há acessibilidade para pessoas com deficiência.

Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o espaço, entrevistar os funcionários que atuam neste ambiente, além de observar trabalhos realizados por pessoas com deficiência atendidos no local.
Equipe do NAISPD com Professores da EMEF Dias Gomes
A despedida do passeio
  • Relatório acerca das impressões adquiridas na visita ao NAISPD
  • Roda de conversa sobre artistas com deficiência
  • Pesquisa sobre os artistas Eliana Zagui e Paulo Henrique Machado.



  •  Apresentação de vídeos sobre mesmos artistas.
 https://www.youtube.com/watch?v=BWfg64AwDFo
https://www.youtube.com/watch?v=f5y0mM9-XSs
  • Estudo de trechos do livro: "Pulmão de aço" de Eliana Zagui 
  •  Apresentação de Seminário sobre o trecho do livro estudado


  • Produção de pinturas com a mesma técnica utilizada por Eliana Zagui 
 
 
 

Professora Karina analisando a obra da artista Eliana Zagui que foi escolhida para realizar uma releitura. 

   
 Os alunos iniciaram a atividade com a técnica de pintura com a boca e posteriormente utilizaram as mãos.
Cada aluno ficou responsável por um dos quadros, que juntos montavam um quebra-cabeça.



                 Quadro pintado  por                                        Releitura feita pelos alunos do    
                        Eliana Zagui                                                         8º ano B/2015


  • Apresentação do vídeo “Brincadeirantes” do cineasta Paulo Henrique Machado.

  • Reflexão acerca das impressões sobre o vídeo através de roda de conversa e atividade escrita.
  • Produção de vídeo com mensagem para os artistas   Eliana Zagui e Paulo Henrique Machado.
  
  • Apresentação do vídeo produzido pelos alunos para artistas em visita das professoras ao Hospital das Clínicas.

 

 


Tive o imenso prazer de conhecer  estes dois maravilhosos artistas! 
Apesar de morarem em um hospital senti uma paz extraordinária durante toda a visita!

Já era fã, mas esta visita me fez admirá-los mais ainda...
  • Construção de exposição acessível para pessoas com deficiência visual através da técnica de assemblage.
A assemblage como técnica para produção artística inclusiva
A pessoa com deficiência representa um público especial. Diante da cegueira, por exemplo, como seria possível contemplar e interagir com alguma produção artística sem a capacidade da visão? Essa permissão é alcançada quando as mãos passam a representar os olhos. 
A Assemblage faz referência a produções artísticas construídas a partir da união de vários objetos cotidianos. Por mais que o resultado final da obra produza um novo objeto artístico, cada elemento utilizado para a sua formação permanece com seu sentido original, possível de ser identificado através do toque e/ou do olhar.
De fato, a deficiência visual traz repercussões para várias esferas da vida, inclusive para a apreciação da arte. No entanto, a experiência estética não se dá apenas pelo visual (...). No campo das artes visuais, um dos tipos de representação visual acessível ao cego é a imagem tridimensional – em relevo (alto-relevo ou baixo-relevo) ou escultura (modelada, entalhada ou construída). (...) Tão importante quanto conhecer com as mãos, pessoalmente, aquilo que é inacessível, talvez seja a possibilidade de o cego partilhar de uma dimensão da vida cultural que é significativa para outras pessoas da nossa sociedade: a fruição da obra de arte.”
(Escola Inclusiva: Linguagem e Mediação. Lucia Reily, 2004)
  • Exposição dos trabalhos realizados ao longo do ano para a comunidade escolar no “Dia da Família”.
Os trabalhos expostos estão divulgados em uma revista digital Acesse o link: https://issuu.com/emefdiasgomes/docs/revista_3
  •  Trabalho escrito sobre todo o percurso do projeto e as aprendizagens adquiridas com o mesmo ao longo do ano.

Avaliação
            A avaliação ocorrerá durante todo o projeto. Será levado em consideração a participação durante as rodas de conversa, a apresentação de trabalhos, a entrega das atividades dentro dos prazos pré estabelecidos, bem como o envolvimento com o projeto.
Este projeto não é imutável. Poderá ser reelaborado de acordo as necessidades que surgirem.



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