Muitos autores defendem as atividades lúdicas como um meio essencial e eficiente na aquisição de novas aprendizagens.
"Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da
brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda
não está apta ou não sente como agradáveis na realidade." (Vygotsky)
Celso Antunes (2003) cita o seguinte sobre o jogo:
“O jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências,
permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a
viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem
limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter
seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se
com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real”.
De acordo com Celso Antunes, pode-se afirmar que a ludicidade do jogo
proporciona momentos mágicos e únicos na vida de um indivíduo, pois no
mesmo instante que diverte, ensina e desenvolve o raciocínio e a
criatividade além de obter responsabilidade diante da situação colocada a
ele.
É através da brincadeira que as crianças conseguem refletir sobre sua realidade, portanto segundo Gilda Rizzo (2001)
“… A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado
do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus
alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).
O
jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair
os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência
do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância
na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento,
a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa
individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a
observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive.
Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar
hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo
é essencial para que a criança manifeste sua criatividade,
utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente
sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI,
2004).
O
jogo é a mais importante das atividades da infância, pois a
criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter
seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção
e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática
pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor.
Brinquedos não devem ser explorados só para lazer, mas também
como elementos bastantes enriquecedores para promover a aprendizagem.
Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para
superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento
com o mundo. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira
é necessária e que traz enormes contribuições
para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. (CAMPOS)
Dentro
de um ambiente escolar até mesmo as brincadeiras devem ser planejadas e
possuir diferentes objetivos que contribuam para que o aluno conquiste avanços
pedagógicos e sociais.
A brincadeira é uma ferramenta que deve ser utilizada e valorizada no meio escolar. Portanto é preciso aproveitar o interesse dos alunos pelas brincadeiras e utilizá-las como fortes aliadas na obtenção de novas aprendizagens!